Acesso à internet cresce em todo o país, segundo o IBGE
17/05/2013
Os brasileiros estão mais conectados ao mundo e uns aos outros com tecnologias digitais.
O número de internautas dobrou em seis anos. E o de usuários de telefone celular também. Os dados da pesquisa nacional por amostra de domicílios foram divulgados nesta quinta-feira (16), pelo IBGE. Um é pouco. Mário Gomes já não consegue viver sem os três celulares. “É uma dependência boa, digamos assim, porque você não depende de estar em um espaço físico para realizar um trabalho”, comenta o hoteleiro.
O aparelho faz parte da vida de quase 70% dos brasileiros. De 2005 a 2011, o contingente de pessoas com mais de 10 anos que tinham celular deu um salto. E a porcentagem de mulheres que adquiriram esse tipo de telefone ultrapassou a dos homens.
“Falo com minha mãe, com meu esposo, com meus filhos. Para trabalho. Para tudo”, conta Daiana Domingues, operadora de caixa. No ouvido ou diante da tela. O Brasil está cada vez mais conectado. O número de internautas se multiplicou. Em seis anos, 45 milhões de novos usuários tiveram acesso à rede. O crescimento foi maior entre os brasileiros acima de 50 anos.
“O aumento da escolaridade e até mesmo de uma renda que possibilite acesso a uma tecnologia que ficou mais barata”, afirma Adriana Beringuy, pesquisadora do IBGE.
Só que, em 2011, mais da metade da população ainda não navegava na internet através de computadores. A pesquisa não levou em conta o uso de smartphones e tablets.
E a tecnologia avançou principalmente em lugares antes pouco conectados, como o Norte e o Nordeste. Alagoas foi o estado que registrou o maior crescimento de internautas.
O sinal agora chega lá na roça da Dona Élida. “Melhorou bastante para todo mundo, porque o pessoal conversa mais com as famílias. É outra coisa agora. Nem compara”, comenta a agricultora.
Mais de cem milhões de brasileiros não tinham internet dentro de casa. Mas nem todos estavam desconectados. Segundo a pesquisa, um quarto deles acessava a rede de outras maneiras. Em uma comunidade do Rio de Janeiro, um dos caminhos para chegar até a tecnologia é o centro comunitário. Lá, o computador é para todos. No centro, os moradores recebem o passaporte para viajar pela primeira vez por este mundo virtual.
Antes do curso de informática, Janaína nunca tinha ficado frente a frente com a tela. “Era alienada. Para mim, era um bicho de sete cabeças, o computador”, conta.
O aumento de internautas foi mais expressivo na população com menor renda. A lan house da comunidade está sempre cheia. Lá, a viagem pela rede custa R$ 2.
“Dá para entrar em vários sites, pesquisar, conversar, ouvir música, é bem legal”, diz um homem.
Fonte Rede Globo - Jornal Nacional