Internet dobra em 4 anos e classes D/E respondem por 17% dos acessos
Pesquisa aponta ainda que a quantidade de internautas no Brasil que fazem compras online cresceu de 13% para 20% entre 2007 e 2011.
O aumento da venda de computadores, aliado a outros fatores como o avanço da tecnologia, contribuiu para que o acesso à Internet no Brasil praticamente dobrasse nos últimos quatro anos, de acordo com uma pesquisa nacional da Fecomércio-RJ, em parceria com o instituto de pesquisas Ipsos. Atualmente, 48% da população nacional têm acesso à rede; esse percentual era de 27% em 2007, aponta o estudo. "O crescimento do acesso no Brasil pode ser explicado também pelo apelo cada vez maior da web e das redes sociais, assim como por uma maior disseminação dos smartphones e tablets no país", afirma o economista da Fecomércio-RJ, Christian Travassos.
E não foi só o acesso que cresceu no período. De acordo com o levantamento, a frequência do uso da web também aumentou no país: 47% dos brasileiros conectados afirmam se conectar diariamente à Internet, enquanto que 33% disseram usar a web mais de uma vez por semana e 12% apenas uma vez por semana. Quanto ao período de conexão, mais da metade (55%) passa de 30 a 120 minutos na rede; 23% ficam entre duas e quatro horas conectados e 14% menos de meia hora.
Acesso entre classes
Como esperado, as classes de maior poder aquisitivo, A e B, lideram o acesso no país com 84%, bem acima da média do país de 48% – o percentual dessas classes era de 72% em 2007. Já a classe C, que cresceu de 31% para 43% no período, fica mais próxima da média nacional. As classes mais baixas, D e E, dobraram de 8% para 17% sua participação no acesso a web no país. “As classes D e E apresentam o maior potencial de crescimento de acesso a web, tanto pelo avanço da tecnologia, que baixa os preços dos produtos, quanto pelo maior poder de compra dos brasileiros”, aponta o economista da Fecomércio-RJ.
Outro fator que auxiliou o crescimento da web no Brasil foi a isenção dos impostos PIS e Cofins (válida até 2014) sobre a venda de computadores e componentes. “Essa isenção foi especialmente sentida de 2008 para 2009, quando passou a valer e houve um aumento de 8% na média nacional de acesso a web, indo de 31% para 39%”, explica Travassos.
Redes sociais e compras online
As redes sociais e sites de mensagens instantâneas, incluindo Facebook, MSN e Orkut, dominam o acesso online no país, com 61%. Logo atrás vem outros tipos de acesso: para pesquisas (48%), e-mails e sites de notícias (empatados com 34%), diversão e serviços (também juntos com 17% cada). Mais de 62% dos internautas disseram usar a Internet em casa. As lan houses e o local de trabalho ficaram empatados em segundo lugar, com 15%, seguidos pela casa de parentes e/ou amigos, responsáveis por 6% dos acessos.
Os brasileiros também estão fazendo mais compras online, de acordo com a pesquisa da Fecomércio. A quantidade de internautas que fazem compras online cresceu de 13% para 20% entre 2007 e 2011. Entre os produtos mais comprados por sites eletrônicos estão eletrodomésticos (36%), CDs e DVDs (20%), livros (16%) e ingressos para cinemas, shows e similares (7%). Responsável por 66% das transações, o cartão de crédito é a forma de pagamento mais usada, seguido de longe pelo boleto bancário, com 28%, e pelo débito em conta, com 3%.
A pesquisa da Fecomércio e da Ipsos entrevistou mais de mil pessoas, de 70 cidades espalhadas por nove regiões metropolitanas do país.
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